sábado, 7 de agosto de 2010

Confuso

Quando você passa muito tempo tentando entender uma coisa e esquece, ela volta, algumas vezes, com uma intensidade tão grande que faz, de uma hora para outra, você compreender o que tanto levou tempo pensando.
Observando o comportamento das pessoas cheguei a uma conclusão, e deixo claro que toda regra há excessão sempre!
Pessoas que vivem na mesma área (bairro) tendem a ser muito parecidas. Tendem a gostar das mesmas músicas, mesmos estilos de vida, falam parecido, enfim, tem gostos parecidos, e o fato de ter a sua volta pessoas que tendem a ser iguais a você em certos aspectos, faz você se conformar e firmar a sua personalidade. Lembranso há excessõs, raras, mas existem.
Agora imagina, se você nasce numa cidade, enquanto pequena se muda para outra e na pré adolescência se muda de novo.... que identidade essa pessoa adiquire? As informações são muitas e é difícil você se entender já que é dificil achar alguém igual a você, e então fica complicado você seguir um perfil e ter certeza do que você realmente é.

domingo, 4 de abril de 2010

Essa saudade

Domingo de páscoa, preguiça de fazer nada, hora perfeita pra pensar em tudo, aí vem aquela saudade de alguma coisa que você nunca fez. Pois é... saudade de viagens que nunca foram feitas, mudanças que nunca aconteceram e empregos que jamais foram propostos.
Dá uma vontade enorme de mudar tudo, mudar a maneira que estou levando a vida pra uma completamente diferente. Todo mundo já quis largar tudo e fugir, então, estou na frenesi de um momento como esse. Mas claro, só na minha cabeça mesmo, falta muita coragem ainda.
A minha voltade de fugir, não é por covardia, mas sim por bravura, para dar à minha vida algo único. Por exemplo, largar tudo e ir para a Europa de mochila, ou conhecer as antigas tribos que existiam na america latina, ou até mesmo comprar um carro qualquer só pra viajar os Estados Unidos de costa a costa.
As coisas seriam perfeitas assim...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Existem determinadas horas da vida que você para e pensa se dá tempo de fazer tudo o que você quer. É deprimente pensar que não dá, mas nunca sou otimista pra pensar que dá.
Televisão é uma grande perda de tempo, computador também. Em vez de escrever esse post, podia estar terminando de ler um livro, ou um artigo, ou fazendo algo útil pra alguém. Mas resolvi escrever, de forma egoísta e preguiçosa, dei preferência a esse post, que provavelmente nem será lido, mas ajuda a organizar a minha cabeça.
O interessante é pensar se as pessoas também são uma falta de tempo, quanto tempo você já gastou sendo amigo de alguém e no final a amizade nem foi lá grande coisa? Uma vez me falaram que na vida nós não precisamos de amigos, e sim de contatos. Eu concordo, novamente, de forma egoísta, eu concordo sim. É bom fazer o bem para os outros, mas se aquilo te dá algo em troca, melhor ainda. E quando se faz sempre a coisa certa mas no final você se ferra? Péssimo, mas amizades muitas vezes são assim.
O maior defeito da humanidade é o egoísmo, e estou eu escrevendo esse post de merda e falando do quanto eu sou humana, logo, egoísta. Vou levar isso como uma crítica contrutiva, se as pessoas, hoje, são apenas corpos e almas vagando entre um caminho só, que as levam de casa para o trabalho e do trabalho para casa e vivem numa grande bolha cheia de neblina onde é impossível olhar a bolha do lado, ou melhor, estourar todas elas, é graças a esse narcisismo. E se eu tb sou assim, bem.... acho q tá na hora de mudar.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Uma vez eram 7, depois 5, mas muitos em volta. Nunca estiveram sozinhos, sempre tiveram uns aos outros, algumas vezes tiveram pouco uns aos outros, algumas vezes tiveram em excesso. Nunca houve um momento calmo, ocilamos muito, vivemos muito, experimentamos muito. O que mais nos viciamos foi o sucesso, 15 minutos que não foram lá grandes coisas visto de quem está fora, mas por dentro serão 15 minutos inesquecíveis. Nossos instrumentos foram de brinquedo, hoje são de ouro com pedras de diamante, ninguém estima o preço. Cada um tem um dom e esse dom nunca será apagado apenas passado adiante. Somos fantasia, somos de brinquedo, não somos verdade, não somos mentira, somos nós, e quem entenderá quem somos nós? Ninguém. Nós não nos entendemos, nós pouco nos conhecemos e muito sabemos uns dos outros, compartilhamos e escondemos, no fundo somos todos iguais,apenas um, e muitos ao mesmo tempo. Somos totalmente diferentes, confuso? De forma alguma, somos isso, múltiplos em um singleto e um multipleto com muitos vizinhos. Na verdade mesmo não somos nem 7 nem 5, somos vários que se multiplicam cada vez mais. Um dia seremos milhares e depois milhões, sonho? Talvez, mas dentro de nós é uma verdade que cresce. Somos de brinquedo, causamos nostalgia e somos sonhos que não saem da cabeça, e assim seremos sempre e sempre.

terça-feira, 10 de março de 2009

Naquela noite voltou para casa mais tarde, ficou esperando o tempo passar bebendo sozinho. Não queria encarar a realidade.
Abriu a porta da sala e acendeu a luz da sala, suspirou, olhou para o rádio e o ligou, botou no último volume.
Resolveu tomar um banho para esfriar a cabeça, então foi até a área, pegou uma muda de roupa que estava pendurada na corda e se trancou no banheiro.
Após um longo banho, foi comer algo enquanto ouvia os recados da secretária eletrônica. Entre os recados que ele mesmo havia mandado para lembrar-se de ir ao correio e ao mercado no caminho do trabalho, havia uma voz fina de mulher. Mas ele não quis ouvir, apagou na mesma hora.
Após fazer hora andando entre a cozinha e a sala, parou em frente à porta do quarto, não sabia se era hoje o dia em encararia a realidade dura que havia vivido duas semanas atrás.
Sentou na poltrona da sala que avistava a tal porta tão temida e acendeu seu charuto, abriu o vinho, tomou praticamente toda a garrafa. E foi assim que encontrou coragem para abrir a maldita porta.
Entrando no quarto, a cama ainda estava desfeita e havia uma camisola jogada no chão. Olhou firmemente aquela cena e fechou os olhos com toda a força que podia. As imagens da mulher que ele amou durante dez anos entrelaçada nos braços de outro, e seu gemido tão doce que há anos ele não a fazia soltar gritavam em sua cabeça. Caiu no chão e chorou como se fosse a única coisa que restava fazer da sua vida.
Algumas horas depois se levantou e foi até a garagem, pegou uma garrafa de querosene, foi até a sala e pegou o isqueiro que havia ganhado da sua esposa quando completaram cinco anos de casamento e logo depois voltou ao quarto.
Embebedou a camisola e os lençóis com aquele líquido inflamável enquanto gritava “Vagabunda!”, acendeu o isqueiro e jogou sobre a cama. Voltou para a sala e, novamente, sentou na poltrona, encheu a taça co o resto do vinho que sobrara e assistiu o seu passado pegar fogo. Acabou pegando no sono, devido a fumaça, e morreu que nem seu passado: queimado.

terça-feira, 3 de março de 2009

À frente havia uma pedra e ao lado um cervo morto, ela poderia seguir em frente, e ignorar a imagem, mas preferiu cutucar as feridas do bicho, a idéia era tentadora. Então o fez.
Mas depois aquela diversão ficou chata, largou a vareta com a qual cutucava o pobre animal e prosseguiu. Enquanto a noite vinha o frio a abraçava, e era o único afeto que ela teria ao longo daqueles dias. Subiu em uma árvore e adormeceu entre galhos e folhas.
Na manhã seguinte voltou ao seu caminho. Mas a grande pergunta era: pra onde esse caminho ia levá-la? Ela não saberia responder.
Dessa vez ela achou um pé de amora, muito mais agradável do que um bicho em decomposição e fétido. Aquela árvore era um tanto nostálgica, lembrara de seus tempos de criança, quando vivia manchando suas roupas ao brincar com o pé de amora que havia atrás de sua casa. Saciou sua fome e seguiu em frente.
Em poucas horas de caminhada achou um pequeno povoado, sem hesitar, desviou seu caminho pelas florestas, não era por acaso que estava sozinha, não queria companhia, as pessoas sempre foram más, possuem um espírito bom, mas a parte humana faz com que se tornem fracos e suscetíveis aos prazeres e egoísmos terrenos. Havia se cansado de tanta dor que todos já tinham feito ela sofrer. Era rara, uma das poucas que tem a alma forte e quase nunca deixa a parte humana vencer.
No dia em que perdeu a confiança em tudo, arrumou sua mochila com algumas frutas, duas blusas, uma calça, e foi embora. Caminhar sozinha era melhor do que ter companhia e se desapontar sempre. Se sentem a sua falta, ela não sabe, mas ela não sente mais falta de ninguém.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Conforto

Em você eu me acalmo
Repouso em seus braços
Suas mãos me confortam
Em seu colo descanso

Seus lábios me calam
Seu corpo me envolve,
Me aquece, me estremece
Nos tornamos um só

Seus olhos me entorpecem
Neles eu vejo que preciso de você
E quando eles se fecham
Anseio que, em meu colo, repouse.